É considerado uma doença genética que causa desordens no funcionamento do hipotálamo. Esta síndrome foi descrita em 1956 e é geneticamente localizada no cromossomo 15, ocorrendo no momento da concepção. Pode afetar os dois sexos , com incidência de 1 para cada 10000 nascidos vivos; sendo a obesidade, no entanto, considerada o seu maior problema.
Bebês com Prader Willi apresentam ao nascer baixo APGAR, dificuldade de sucção, choro agudo e fraco, pouco ativos e passam a maior parte do tempo dormindo; raramente conseguem mamar e apresentam desenvolvimento neuropsicomotor lento.
Os sintomas da síndrome pode variar de criança para criança, podendo está associados ao ambiente em que vive, aos estímulos e aos acompanhamentos terapêuticos, familiares e educacionais que recebe.
Os principais sintomas são:
-Hiperfagia (constante sensação de fome);
-Hipotonia;
-ADNPM;
-Falta de equilíbrio;
-Dificuldades de aprendizagem;
-Dificuldades na fala;
-Instabilidade emocional com imaturidade nas trocas sociais;
-Alterações Hormonais;
-Baixa estatura;
-Diminuição da sensibilidade a dor;
-Pés e mãos pequenos;
-Boca pequena com lábio superior bem fino;
-Fronte estreita;
-Hipogonadismo (insuficiente desenvolvimento dos órgãos genitais);
-Criptorquia (ausência do testículo na bolsa escrotal).
A fome constante é provavelmente causada por uma desordem no hipotálamo, onde durante uma alimentação não ocorre o processamento da saciedade, justificando dessa forma, a sensação de fome e busca incessante por alimentos e como consequência a obesidade infantil.
Muitos sintomas podem ser amenizados com intervenções terapêuticas e educacionais.
Tratamento Fisioterapêutico:
A fisioterapia proporciona ganhos consideráveis na hipotonia, no equilíbrio e na coordenação motora grossa, consequentemente no atraso do desenvolvimento neuropsicomotor , melhorando assim a qualidade de vida da criança e de sua família.
Fisioterapia Pediátrica
A Fisioterapia Pediátrica atua na prevenção , habilitação e reabilitação do desenvolvimento neuropsicomotor, das crianças que apresentam atraso de desenvolvimento, disfunções neuromotoras , sequela de prematuridade, síndromes genéticas ou qualquer patologia que possa interferir na sequência normal do desenvolvimento motor infantil.
O trabalho da fisioterapeuta na área da pediatria exige dela um conhecimento que lhe proporcione atender a criança de acordo com as necessidades que esta apresente, desde as consideradas mais simples até as mais complexas e específicas. A Fisioterapia Pediátrica utiliza uma abordagem com base em técnicas neurológicas especializadas, visando sempre direcionar os objetivos fisioterapêuticos com atividades lúdicas tornando o momento prazeroso para a criança . Faz-se necessário, entretanto que o ambiente seja inteiramente direcionado ao universo infantil, com recursos necessários aos atendimentos.