Fisioterapia Pediátrica

A Fisioterapia Pediátrica atua na prevenção , habilitação e reabilitação do desenvolvimento neuropsicomotor, das crianças que apresentam atraso de desenvolvimento, disfunções neuromotoras , sequela de prematuridade, síndromes genéticas ou qualquer patologia que possa interferir na sequência normal do desenvolvimento motor infantil.
O trabalho da fisioterapeuta na área da pediatria exige dela um conhecimento que lhe proporcione atender a criança de acordo com as necessidades que esta apresente, desde as consideradas mais simples até as mais complexas e específicas. A Fisioterapia Pediátrica utiliza uma abordagem com base em técnicas neurológicas especializadas, visando sempre direcionar os objetivos fisioterapêuticos com atividades lúdicas tornando o momento prazeroso para a criança . Faz-se necessário, entretanto que o ambiente seja inteiramente direcionado ao universo infantil, com recursos necessários aos atendimentos.

domingo, 11 de novembro de 2012

A Fisioterapia na Síndrome de West



A síndrome de West é uma epilepsia grave progressiva, caracterizada por espasmos em flexão( espasmos saudatórios) ou extensão, com deterioração ou atraso neuropsicomotor e hipsarritimia ao encefalograma. Foi descrita pela primeira vez em 1841 pelo clínico geral Willian James West, ao observar o seu próprio filho.


  Apresenta como sinônimos: espasmos agitatórios, espasmos infantis com hipsarritmia e encefalopatia mioclônica infantil com hipsarritmia (MULLER; BERTASON; ISRAEL,1989).

A Síndrome de West-SW, pode ser classificada em três grupos:

1-Idiopática: quando a causa é desconhecida;
2-Criptogênica: onde o lactente é típico até o início dos espasmos, sem qualquer lesão detectável;
3-Sintomática: onde há prévio desenvolvimento neuropsicomotor atípico.

Observa-se ao exame neurológico hipotonia, como também são encontradas alterações relacionadas a encefalopatias pré-existentes (antes do inicio da síndrome), tais como: microcefalia, sinais de liberação piramidal, estrabismo, diplegia, hemiparesia, monoparesia . (NAVARRO, 2005; MATTA et al., 2007).

Segundo Cockerell e Shorvon, (1997), aproximadamente 20% dos casos da doença podem apresentar recuperação completa, enquanto outros morrem entre 7-12 anos e 65% dos que sobrevivem possuem retardo mental.

O tratamento farmacológico visa controlar os espasmos. Dentre os fármacos mais utilizados no tratamento da síndrome podemos citar o Vigabatrim muito utilizado em vários países, a corticotropina, clonazepan e o hormônio adrenocotrópico .

Tratamento Fisioterapêutico:
 A fisioterapia vai atuar nos possíveis atrasos do desenvolvimento motor
(característica marcante na síndrome). O Fisioterapeuta fará o seu plano de tratamento de acordo com o que a criança apresentar, onde terá como objetivos:  prevenir encurtamentos, contraturas e deformidades; normalizar tônus; fortalecimento muscular; favorecer as etapas do desenvolvimento motor, orientar a família quanto aos posicionamentos, melhorando assim a qualidade de vida da criança e consequentemente da sua família.

O fisioterapeuta poderá fazer uso de diversos recursos como: bola, rolo, prancha de equilíbrio, espelhos e alguns brinquedos; poderá também utilizar métodos para facilitar  o seu atendimento, dentre eles podemos fazer destaque ao método Bobath que tem como princípio manuseios, utilizando padrões, influenciando diretamente no tônus muscular, através dos pontos de controle, mais conhecidos como pontos-chaves.


 Para se conseguir um bom prognóstico para a Síndrome de West, esta deve ser diagnosticada o mais precocemente possível e iniciar imediatamente com o tratamento médico e com a fisioterapia na intervenção precoce.

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