Técnica criada no Japão há mais de 25 anos, a bandagem terapêutica,
também chamada de Therapy Taping, é cada vez mais usada no Brasil,
especialmente em casos de recuperação de lesões musculares e de má formação
congênita de membros. Segundo o fisioterapeuta Nelson Morini, da Reactive, o
método trabalha a partir do sistema tegumentar, do qual fazem parte a pele e
seus anexos, como os pelos. “A pele interfere diretamente nas funções
fisiológicas do corpo humano, pois seus sensores se comunicam com os sistemas
abaixo dela, como o muscular e o circulatório”, explica ele, que trouxe o
tratamento para o país em 1998 e é presidente da Therapy Taping Association.
De acordo com o resultado desejado, mudam a posição, a direção, a tensão e o
corte da bandagem. Menos 50% de tensão, por exemplo, serve para estimular a
musculatura, enquanto mais 50% de tensão funciona para corrigir alguma coisa.
“Um caso em que usamos mais 50% de tensão é o de crianças que nascem com os pés
tortos. Já menos 50% de tensão ajuda a diminuir a rigidez de um músculo após um
derrame”, diz Nelson.
O fisioterapeuta afirma que a técnica pode ser usada por qualquer faixa etária,
desde que se respeite a pele mais frágil de bebês e idosos. “Nesses casos,
usa-se a bandagem com pouca ou nenhuma tensão”, ensina ele. Atletas e pessoas
com dores musculares também se beneficiam do método. “O tratamento funciona até
para feridas que custam a fechar. Colocamos a bandagem ao redor da área
atingida, a fim de aumentar a circulação no local e estimular a cicatrização”,
garante Nelson.
A bandagem usada pelo profissional é importada da Coréia e é feita em algodão e
elastano, com uma cola de acrílico que permite sua fixação. “Um material de boa
qualidade é hipoalergênico porque cada fio de elastano é envolvido por um de
algodão. Além disso, o tecido é poroso e permite que a pele respire”, conta
Nelson. Em média, a bandagem fica aplicada por um período de três a cinco dias,
sendo substituída por uma nova. “O número de trocas vai depender do tempo de
uso, que varia de acordo com a gravidade da lesão. Pode durar de duas semanas a
seis meses”, acrescenta ele.
Uma vez aplicada a bandagem, é recomendável que o paciente aguarde meia hora
antes de fazer qualquer atividade que envolva água ou suor. Depois desse
período, a cola seca, o material adere à pele e a pessoa fica liberada para
levar uma vida normal. “Uma das vantagens do método é não limitar os
movimentos. Dá para tomar banho e fazer exercícios como nadar e correr”,
assegura Nelson.
(informações retiradas do site http://gnt.globo.com/saude/noticias/Conheca-a-bandagem-terapeutica--metodo-japones-que-recupera-lesoes.shtml)
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